Yakutsk: Sobrevivendo na Cidade Mais Fria do Mundo (-64°C!)

Imagine respirar e sentir o ar congelar dentro do seu nariz. Ou sair de casa e, em segundos, seu rosto ficar coberto por uma fina camada de gelo. Bem-vindo a Yakutsk, na Sibéria, a cidade mais fria do planeta.

5/31/2025

Imagine respirar e sentir o ar congelar dentro do seu nariz. Ou sair de casa e, em segundos, seu rosto ficar coberto por uma fina camada de gelo. Bem-vindo a Yakutsk, na Sibéria, a cidade mais fria do planeta, onde os termômetros chegam a -64°C e o inverno dura nove meses!

Neste artigo, exploraremos como os moradores desta cidade russa enfrentam condições extremas com criatividade e resiliência. De carros que nunca desligam a tubulações suspensas no ar, prepare-se para descobrir um mundo onde o frio dita as regras!

1. Vestindo-se para o Inferno Gélido: Moda de Sobrevivência

Em Yakutsk, sair de casa sem a roupa certa pode ser mortal. Os moradores seguem um "código de vestimenta" rigoroso:

Botas "Unty": Feitas de pele de rena, evitam que os pés congelem em minutos.

Camadas sobre camadas: Meias térmicas, calças acolchoadas, casacos de pele e gorros que cobrem até as sobrancelhas são essenciais.

Luvas grossas: Tocar em metal sem proteção pode causar queimaduras instantâneas (mais sobre isso adiante!).

Dado curioso: Crianças só podem brincar ao ar livre por *10-15 minutos* quando a temperatura cai abaixo de -50°C.

"Aqui, -30°C é um dia ‘agradável’ para passear", brinca Ivan Petrov, um morador local.

2. Carros no Polo do Frio: Motores que Nunca Dormem

Manter um carro funcionando em Yakutsk é uma ciência:

Garagens aquecidas: Muitos estacionamentos são climatizados para evitar que o motor congele.

Motores 24/7: Em dias extremos, os motoristas *não desligam o carro* por horas, pois o óleo pode solidificar.

Baterias em casa: Alguns removem as baterias à noite e as guardam dentro de casa.

Aquecedores externos: Sistemas elétricos pré-aquecem o motor antes da partida.

Se o carro ficar desprotegido:

Pneus endurecem como pedra.

O combustível pode gelar.

Até o volante gruda na pele se tocado sem luvas!

3. Metal no Frio Extremo: O Perigo das Queimaduras Instantâneas

Em Yakutsk, tocar em metal sem proteção pode ser desastroso:

A pele gruda instantaneamente, causando queimaduras graves.

Maçanetas são revestidas com plástico ou tecido.

Crianças aprendem desde cedo a nunca encostar em grades ou corrimãos.

"Uma vez, meu anel congelou no meu dedo. Foi doloroso tirá-lo!" – Anna Yegorova, professora.

4. Vida Cotidiana no Frio Extremo

Tomar Banho: Um Luxo Cuidadoso

A água chega por tubulações aquecidas, mas banhos longos são evitados para economizar energia.

Algumas casas ainda usam banhos públicos aquecidos, uma tradição local.

Ir ao Mercado: Compras em Tempo Recorde

Peixes congelados ao ar livre são vendidos como pães em outras cidades.

Stroganina (peixe cru congelado fatiado) é um prato típico.

Ninguém fica mais que 10-15 minutos na rua em dias abaixo de -50°C.

Transporte e Trabalho: Nada Para por Aqui

Ônibus e carros são essenciais, mas muitos preferem caminhar em distâncias curtas.

Escolas só fecham abaixo de -55°C.

Empresas funcionam normalmente, mas com horários flexíveis em dias extremos.

5. Infraestrutura Sobrevivendo ao Gelo

Tubulações Suspensas: O Segredo para Não Congelar

Canos não são enterrados – ficam elevados, com isolamento térmico e aquecimento.

Se fossem enterrados, o permafrost (solo congelado) os destruiria.

Arquitetura Anticongelante

Casas são construídas sobre estacas para não derreter o permafrost.

Paredes grossas e janelas triplas mantêm o calor dentro.

Aquecimento central funciona quase o ano todo.

Conclusão: Onde o Frio Encontra a Resistência Humana

Yakutsk é um testemunho da incrível capacidade humana de adaptação. Seus moradores não apenas sobrevivem, mas *constroem uma vida vibrante onde muitos nem conseguem imaginar existir*.

"O frio é nosso vizinho. Respeitamos, mas não deixamos ele nos vencer." – Dmitri Sokolov, comerciante.

Se um dia você visitar Yakutsk, lembre-se: cada detalhe, da roupa à arquitetura, foi moldado pelo gelo – e pela coragem de quem chama esse lugar de lar.